Eu, Somente Eu!
No meu silêncio fechei portas e janelas,
Travei caminhos e andei a esmo.
O alarido acarreou a mudez, e
o remanso a pacatez.
Busquei sentimentos encobertados
E deixei aflorar sensações de desfastios ,
Regalei a coragem solitária e clamei a libertação de infinita vibração.
Só eu comigo, somente eu,
Nestes momentos únicos
Fui em busca de mim e
Deixei a emoção afluir.
Parti apressada em torno de mim,
Deixei o eu gritar a sua força
Pendurei a dúvida na esperança
E deslizei na esfera da vida.
Desenhei o desconhecido
Com cores desfumadas
Entornei um véu de seda
Adornei a nova seiva.
Um eu enfastiado de si
Um eu gritando o eu
Abri as janelas e portas
E descravei o eu em nós.
Amarilis Pazini Aires
28/02/2024