Retratos Desbotados
Em tons de sépia, um tempo adormecido,
Sorrisos emoldurados, um passado querido.
O véu do tempo cobre as cores vibrantes,
Restam as sombras, memórias hesitantes.
Um olhar distante, um gesto singelo,
A alma da imagem, um eterno segredo.
O toque do passado na ponta dos dedos,
Segredos guardados em contextos.
O rádio chiando uma canção antiga,
Um aroma de café, lembrança que instiga.
A dança dos lençóis ao vento suave,
Um tempo que escorre, mas deixa saudades.
Na ausência da cor, a emoção persiste,
Em cada contorno, a história insiste.
As memórias em preto e branco, um tesouro sutil,
Fragmentos de vida que o tempo não destruiu
Amarilis Pazini Aires
22/04/2025