Estrada Encoberta
Um sentido sem sentido, sem um rumo definido, sem um porto seguro.
Um rio sinuoso em desvios transversais
Uma estrada encoberta, uma jornada incerta.
Sensação de estar a deriva, sem uma direção clara,
Como um rio que serpenteia sem encontrar o mar.
E o percurso se esconde sob a névoa,
Onde o propósito parece se dissipar.
A alma vagueia, sem norte visível,
Qual rio perdido que a foz não pressente.
E a vida se esconde em véu invisível,
Onde o sentido se torna ausente.
O corpo flutua, sem bússola ou cais.
Como um rio errante que não acha o oceano.
E a rota se esvai em brumas densais,
Onde o intento se torna profano.
E o sentido busca caminhos ,
Com a certeza do novo encontro ,
O ciclo se renova, forte e vigoroso
E a vida floresce, em um despertar novo.
Amarilis Pazini Aires
05/05/2025